Vereador Ni critica governo estadual por não ampliar o horário de velórios na pandemia

Com o avanço da vacinação e o consequente controle da pandemia, o vereador Osni Angelo Pasquarelli (PDT), o Ni, usou a tribuna da Câmara Municipal de Ferraz de Vasconcelos, na sessão ordinária, na terça-feira, dia 31, para pedir verbalmente ao governo paulista para que estude uma possível flexibilização, no tocante, a duração de velórios. Afinal, hoje, as famílias têm em média 1 hora para se despedir do seu ente querido. Até (31/08), 494 ferrazenses perderam a vida para a Covid-19.

Segundo ele (foto), o ideal seria as autoridades sanitárias darem um tempo maior e, com isso, evitar ainda mais o sofrimento, já que por conta da Covid-19, o cidadão não tem o direito sequer de fazer o seu último contato como era antes do surgimento da doença em março do ano passado. Por sua vez, Ni deixa claro que essa viável mudança no protocolo sanitário não significa que o munícipe fique desobrigado de usar máscara, passar álcool em gel nas mãos e, sobretudo, manter o distanciamento social.

Para ele, com as pessoas seguindo todas as recomendações dos especialistas não haveria nenhum impedimento para o Palácio dos Bandeirantes, ou seja, o governador João Doria (PSDB) rever os protocolos sanitários como já fez, por exemplo, para permitir a reabertura de estabelecimentos comerciais e como sempre existiu no transporte público. “Na realidade, se um bar ou restaurante pode ficar aberto, porque então não é autorizado o velório com um pouco mais de tempo?”, questionou Ni.

Em concordância com o discurso do colega, os vereadores Roberto Antunes de Souza (Cidadania), Luiz Fábio Alves da Silva (PSB), o Fabinho, e Flávio Batista de Souza (Podemos), o Inha, acreditam que as autoridades paulistas poderiam pensar pelo menos nos casos das pessoas mortas por outras doenças para permitir uma despedida mais prolongada. Em todo caso, eles acham positivo o fato do vereador Ni debater o assunto e, ao mesmo tempo, expressar a sua opinião contrária ao protocolo atual.

Por Pedro Ferreira, em 01/09/2021.