Assim como fez durante o processo de entrega da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) à iniciada privada, o vereador Claudio Ramos Moreira (PT) criticou a privatização para a construção de escolas da rede estadual de ensino. Em discurso, na sessão ordinária, na terça-feira, dia 05, o petista condenou o governador Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos) por querer vender tudo que pertence ao patrimônio do povo paulista.
Segundo ele (foto), o atual gestor do principal estado da federação cumpre a sua promessa de campanha de repassar tudo que for possível para o setor privado incluindo, por exemplo, serviços essenciais como são os casos do saneamento básico e da construção de escolas públicas. “Trata-se de uma atitude política criminosa, que, na prática, representa o desmonte da educação no estado de São Paulo. Na realidade, o Palácio dos Bandeirantes deveria mesmo valorizar os profissionais da educação”, avaliou Ramos.
Por outro lado, o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) garantiu que a decisão de entregar para o setor privado a construção de prédios escolares é uma agressão pedagógica que prioriza o lucro sobre a educação pública. O órgão tentou inclusive barrar os leilões na Bolsa de Valores, porém, a justiça paulista acabou chancelando a decisão do governo estadual. Para a corte paulista, a suspensão afetava o cronograma de implementação de serviços essenciais no setor.
Já o governo estadual destacou que o objetivo da Parceria Pública Privada (PPP) é melhorar e modernizar a infraestrutura das escolas da rede estadual, ou seja, otimizar a gestão escolar e, ao mesmo tempo, ganhar em eficiência, reduzir custos, proporcionar mais qualidade e, com isso, garantir mais tempo para os gestores e professores se dedicarem às atividades pedagógicas de ensino. A concessão terá a duração de 25 anos. Ao todo, deverão ser construídas 33 escolas públicas em 29 cidades paulistas.
Por Pedro Ferreira, em 06/11/2024.