Kaká critica a falta de acesso universal a terapias no tratamento do autismo no país

Com a proximidade do Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo em 02 de abril, o vereador Álvaro Costa Vieira (Podemos), o Kaká, usou a tribuna da Câmara Municipal de Ferraz de Vasconcelos, na sessão ordinária, na terça-feira, dia 19, para demonstrar a sua crescente preocupação com a falta de democratização do acesso a terapias por parte de portadores da síndrome no país. Segundo ele, infelizmente, faltam especialistas para tratar do assunto em geral.

Na ocasião, o parlamentar ferrazense (foto) que se notabilizou nos últimos anos como um ativista da causa, apesar de não rejeitar o rótulo de ser o único defensor do segmento na cidade, afirmou que o Brasil possui somente 443 neuros-pediatras. Para ele, esses profissionais são fundamentais para permitir a descoberta do diagnóstico precoce do Transtorno do Espectro Autista (TEA). Por isso, o vereador acredita que é de muita importância os governos firmarem um pacto federativo para cuidar da síndrome.

Afinal de contas, números oficiais apontam a existência de mais de dois milhões de pessoas portadoras de autismo no país e, portanto, na opinião de Kaká, exige cada vez mais um ativismo forte para enfrentar o problema de saúde pública. No Estado de São Paulo, estima-se a presença de mais de 400 mil autistas, porém, a quantidade tende a aumentar lamentavelmente nos próximos anos ou décadas. Em Ferraz, o último censo demográfico constatou 1.835 autistas com laudos. No planeta, são mais de 70 milhões.

Para Kaká, a síndrome afeta toda a família e, ao mesmo tempo, seria essencial incentivar a inclusão de pessoas autistas na sociedade como, por exemplo, discutir o problema dentro das escolas. Ele ressaltou ainda que o autismo é caracterizado por um déficit na comunicação e na interação social. Trata-se de um transtorno do neurodesenvolvimento e, ao contrário de outras síndromes como a de Down, a do autista não pode ser identificada pelo olhar.

Por Pedro Ferreira, em 22/03/2024.