A notificação de igrejas evangélicas pela Guarda Civil Municipal (GCM) de Ferraz de Vasconcelos, obrigou o vereador e também evangélico, Eliel de Souza (PL), o Eliel Fox (foto), a questionar a Prefeitura da cidade sobre o assunto na sessão ordinária desta terça-feira, dia 28. Para ele, no último final de semana, pelo menos 30 denominações foram vistoriadas pela GCM e, portanto, poderá inclusive resultar em multa e no fechamento de templos religiosos. Segundo ele, foi uma ação constrangedora, já que a fiscalização ocorreu bem no horário de culto.
Por isso, no requerimento aprovado em única discussão e, por unanimidade, o vereador quer tomar conhecimento de quais e quantas igrejas evangélicas locais foram fiscalizadas? O que motivou o processo de fiscalização das mesmas? E, ao mesmo tempo, em um universo, segundo ele, de cerca de 400 denominações evangélicas, qual foi o critério usado para aferir os espaços cristãos?. Por outro lado, Eliel Fox acrescentou ainda que a presença de agentes da GCM pareceu seletiva e estranha. “Na verdade, o poder público precisa entender que as igrejas prestam relevantes serviços à sociedade”, diz.
Na fiscalização, os agentes solicitaram, por exemplo, a documentação de templos religiosos, o alvará de funcionamento e o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB). Para Eliel Fox, nem todas as igrejas cumprem o pacote de exigências legais, sobretudo, as pequenas denominações evangélicas localizadas em bairros periféricos da cidade. Por lei, os locais de culto gozam de imunidade tributária, ou seja, não recolhem impostos de qualquer natureza. Também evangélico, Antônio Carlos Alves Correia (Republicanos), o Tonho (foto), classificou a vistoria da GCM como descabida
Integrante da base aliada, o vereador Flávio Batista de Souza (Podemos), o Inha, parabenizou o colega Eliel Fox pelo questionamento apresentado, porém, isentou de culpa a prefeita, Priscila Gambale (Podemos). Para ele (foto), a gestora respeita o segmento evangélico e desconhecia o trabalho de agentes da GCM. “Aliás, quando tomou conhecimento mandou cancelar de imediato”, explicou. Já José Juca de Araújo Neto (Podemos), o Juca do São Judas, Álvaro Costa Vieira (Podemos), o Kaká, e Hodirlei Martins Pereira (PSD), o Mineiro, também repudiaram o ato errado da corporação.
Por Pedro Ferreira, em 28/11/2023.