Com a promulgação da lei nº3.551, de 15 do corrente, a inclusão no calendário oficial de datas e eventos de Ferraz de Vasconcelos da campanha denominada de “Abril Azul” passou a valer na cidade. Aprovada pelo plenário da Câmara Municipal no final do mês passado, a iniciativa incentiva a importância da conscientização pela sociedade local em prol de pessoas portadoras do Transtorno de Espectro Autista (TEA). A ideia partiu do vereador Eliel de Souza (Republicanos), o Eliel Fox (foto).
De acordo com a norma, o poder público local juntamente com as suas secretarias poderá fechar parcerias com setores competentes estaduais, federais, com entidades do Terceiro Setor e com a iniciativa privada para promover atividades alusivas à campanha de conscientização sobre o autismo. O texto prevê, por exemplo, a iluminação de prédios públicos com a cor azul que representa a causa TEA. Aliás, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), essa tonalidade foi escolhida porque de cinco portadores da síndrome, quatro são meninos.
Além disso, a presente lei estabelece ainda a mobilização de todos os meios de comunicação para divulgarem a realização de palestras e eventos correlatos sobre o autismo. Para Eliel Fox, trata-se, portanto, de um assunto de extrema relevância que precisa ser encarado de frente pela comunidade. O vereador, por sua vez, lamentou o fato de os órgãos públicos não atenderem toda à demanda de autistas no momento. No fundo, faltam especialistas sobre o tema. Recentemente, ele apoiou um mutirão sobre o tema que atendeu cerca de autistas, na Vila Santo Antônio.
Por outro lado, pelo último censo demográfico, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística detectou que Ferraz de Vasconcelos possui 1.835 portadores do TEA com laudos, porém, estima-se que esse número esteja bem abaixo da realidade. Já no Brasil calcula-se a presença de mais de dois milhões de indivíduos com a síndrome e no planeta mais de 70 milhões de autistas. Na prática, o transtorno é caracterizado por déficit na comunicação e na interação social. A literatura médica ainda não sabe ao certo as causas, no entanto, a maioria dos casos aponta para uma origem genética.
Por Pedro Ferreira, em 19/04/2024.