Câmara questiona concessão de gratuidade de caixão popular à famílias carentes na cidade

Para esclarecer o assunto que a qualquer momento pode interessar diretamente ao cidadão ferrazense em geral, a Câmara Municipal de Ferraz de Vasconcelos aprovou um requerimento na sessão ordinária, no dia 08. Nele, a Casa quer saber do Palácio da Uva Itália como funciona, de fato, a concessão de um caixão popular a famílias carentes por funerárias locais. Na prática, o tema tem suscitado muitas dúvidas aos beneficiários, sobretudo, aos finais de semana e feriados, já que falta clareza das partes envolvidas.

Um dos assinantes do pedido de informações, o vereador Roberto Antunes de Souza (Cidadania) disse que justamente por não saber nada sobre o convênio entre a Prefeitura Municipal e as funerárias que atuam na cidade, os parentes e amigos passam por inúmeras dificuldades para conseguir a gratuidade de uma urna funerária (caixão). Ele criticou, por exemplo, o fato de não ter à disposição do munícipe nessa situação um plantonista, ou seja, um assistente social (a) da municipalidade para ajudar nos trâmites.

Essa ideia de Roberto de Souza foi compartilhada pelo vereador Eliel de Souza (PL), o Eliel Fox. Já Claudio Roberto Squizato (PL) que reassumiu o cargo no início deste mês após chefiar a pasta do Meio Ambiente, Verde e Proteção Animal acrescentou que as empresas funerárias fazem um verdadeiro jogo de empurra-empurra na hora de conceder a “gratuidade”. Afinal de contas, esse tipo de medida serve, principalmente, para beneficiar famílias em situação de alta vulnerabilidade social.

O petista Claudio Ramos Moreira destacou que o problema acontece há muito tempo na cidade e, portanto, a discussão sobre o tema ocorre no momento certo. Por outro lado, Luiz Fábio Alves da Silva (PSB), o Fabinho, que também assina o requerimento sugeriu, por exemplo, chamar o secretário de Assistência Social, Robson Xisto para dar explicações sobre o assunto. Além disso, ele pediu uma limitação no preço do caixão e melhorias na qualidade das urnas funerárias. Ferraz tem, hoje, três empresas  que operam nesse ramo.

                                              Constrangimento

Já o presidente da Câmara Municipal, Flávio Batista de Souza (Podemos), o Inha, destacou que a última licitação do setor ocorreu em 2009. Por isso, um processo semelhante está previsto para acontecer em 2024. Ele disse que também concorda com a ideia de se melhorar o serviço em prol da população carente. Principal articulador do documento, o vereador Antônio Carlos Alves Correia (Republicanos), o Tonho (foto), ponderou que as famílias sujeitas a essa situação sofrem humilhação. “Dói nelas. É uma vergonha o que acontece em Ferraz”, diz.

Por Pedro Ferreira, em 15/02/2022.