A Câmara Municipal de Ferraz de Vasconcelos aprovou um requerimento (foto) pedindo a abertura de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) para apurar supostas irregularidades na marcação de ponto eletrônico por médicos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) do município, na sessão ordinária, na segunda-feira, dia 11. O grupo formado por seis vereadores terá um prazo de 90 dias para apresentar o seu relatório conclusivo sobre o escândalo estourado, no domingo, dia 10.
Um dos assinantes do requerimento, o presidente da Casa, Luiz Fábio Alves da Silva (PSDB), o Fabinho, disse que o episódio envolvendo a possível fraude no Samu da cidade é lastimável e mancha mais uma vez a história do município. Segundo ele, ao abrir a CEI para investigar o caso, o Legislativo cumpre o seu papel de fiscalizar o Executivo e, ao mesmo tempo, demonstra a transparência da instituição. “A Câmara Municipal não tolera nenhum tipo de ilegalidade”, bradou Fabinho.
Além dele, também assina o pedido de criação da CEI, Aurelio Costa de Oliveira (PPS), o Aurelio Alegrete, Cícero Rodrigues da Silva (PR), o Cícero do Gás, Clenilson Lima Dias (PSDB), o Quequê, José Nelson Ferreira (PRB), o Pastor Nelson e Henrique Marques (PPS). A abertura da comissão atende a um pedido do prefeito, Acir dos Santos (PSDB), o Acir Filló. Além da Câmara Municipal apura ainda a denúncia, a própria Prefeitura, a Polícia Civil e o Ministério Público (MP).
Por sua vez, a CEI terá como presidente, Roberto Antunes de Souza (PMDB), o seu relator, Antonio Carlos Alves Correia (PSD), o Tonho, e membros Claudio Ramos Moreira (PT), o Claudio Ramos, Ana Acilda Alves da Silva (PV), a Ana do PV, Marcos Antonio Castello (PDT), o Ratinho e Walter Marsal Rosa (PSB), o Valtinho do Ipanema. O grupo deve reunir-se já nesta quarta-feira, dia 13, para traçar a sua linha de investigação.
Esquema
A CEI vai apurar o viável esquema de marcação eletrônica de ponto pela médica Thauane Nunes Ferreira flagrada em plena ação com “dedos de silicone” pela Guarda Civil Municipal (GCM), no dia 10. O suposto ato ilícito beneficiava também o coordenador do Samu, Jorge Luiz Cury, a sua filha Aline Monteiro Cury e os plantonistas Felipe de Moraes e Rodrigo Gil de Castro Jorge. A fraude rendia R$4,8 mil mensais por médico que seria repassado a Jorge Cury. Os acusados podem responder por estelionato, peculato e formação de quadrilha. Eles foram afastados, preventivamente, por 60 dias.