Pela segunda vez consecutiva em menos de um mês, uma comissão de vereadores de Ferraz de Vasconcelos não obtém êxito para cobrar melhorias em benefício da segurança pública, no município, a cúpula estadual. A primeira tentativa frustrada ocorreu, em 19 de novembro, quando a comitiva foi a São Paulo para falar sobre com o delegado-geral de Polícia, Luiz Maurício Souza Blazeck. Agora, a nova decepção aconteceu com o titular da pasta (foto) Fernando Grella Vieira, na quarta-feira, dia 10. Na prática, em ambos os casos, os vereadores tinham audiências, previamente, agendadas, porém, as duas autoridades paulistas alegaram problemas de última hora para não receber a delegação ferrazense.
Em novembro, o delegado-geral designou um subordinado para fazer o seu papel, entretanto, o grupo de vereadores optou por não participar da reunião. Desta vez, o secretário Fernando Vieira que minutos antes havia participado de encontro em seu gabinete com o ex-secretário estadual de Saneamento e Recursos Hídricos, o deputado estadual, Edson Giriboni (PV) que acompanhava uma caravana interiorana preferiu mandar dizer que teria recebido uma convocação do governador, Geraldo Alckmin (PSDB) e, para tanto, pediu ao assessor especial parlamentar Carlos Alberto Estracine para recepcionar a comissão de vereadores locais. De novo, os parlamentares da cidade recusaram-se a discutir o tema por entender que adiantaria em nada. Em suma, mais uma vez, eles indignados voltaram ao município.
No caso desse último insucesso não fora apenas à comitiva ferrazense a ignorada pelo secretário estadual da Segurança Pública, mas, ele menosprezou também o deputado estadual, Enio Tatto (PT) que muito embora não pudesse estar presente a audiência tinha intermediado dias antes para que a mesma fosse agendada. Mesmo impossibilitado de acompanhar a delegação de vereadores, o petista designou para representá-lo na reunião a sua assessora Luciana Menezes, que, por sua vez, tentou contornar o desencontro, todavia, ficou mesmo foi com a missão de retomar o contato para remarcar o encontro, em breve. Além disso, o deputado estadual, André Luiz do Prado (PR) está acionado para viabilizar o mesmo tipo de agenda.
Enquanto isso, os vereadores Antonio Carlos Alves Correia (PSD), o Tonho, Roberto Antunes de Souza (PMDB), Marcos Antonio Castello (SDD), Claudio Ramos Moreira (PT), Cícero Rodrigues da Silva (PROS), o Cícero do Gás, Maria Simplício Nascimento (PT), Flávio de Albuquerque Castilho (PSC), o Flávio do Depósito e Michael Aparecido Carneiro (PRP), o Maicon do CDHU, naturalmente, revoltados por não serem recebido pelo delegado-geral e secretário da Segurança Pública paulistas promete apresentar uma moção de repúdio contra esse verdadeiro descaso contra o povo ferrazense que vive a mercê da inoperância estadual, sobretudo, no combate a violência na última sessão ordinária de 2014 na segunda-feira, dia 15, a partir das 18h. Cópia do documento será enviada, principalmente, ao governador, Geraldo Alckmin.
Pauta
No fundo, esse grupo de vereadores e o restante da Casa de um modo geral querem tão somente sensibilizar o Palácio dos Bandeirantes a enfrentar de fato a onda de roubos, furtos e do tráfico de drogas, ou seja, demonstrar a presença ostensiva de suas forças policiais nas ruas da cidade permitindo, com isso, uma sensação de segurança, o que, lamentavelmente, não vem acontecendo como deveria e que o cidadão de bem tem por direito. A pauta do Legislativo inclui o envio de mais policiais civis para reforçar o atendimento no Distrito Policial (DP) central, no Parque Dourado e no 1º, na Vila Santa Margarida. A Câmara Municipal quer ainda mais soldados, viaturas e a criação de uma 2ª Companhia da PM, entre outras, reivindicações.
Para os vereadores, mesmo sem recurso, a municipalidade já paga o aluguel de prédios, ajuda na manutenção, um pró-labore mensal de R$400,00 a cada soldado, pretende efetivar a atividade delegada, em breve, assim como, firmar convênio com a Secretaria da Segurança Pública para estender o soldo igual a Civil. Além disso, a administração mantém a Guarda Civil Municipal (GCM) para atuar na proteção do patrimônio público e, ao mesmo tempo, auxiliar as demais corporações na segurança da sociedade local. Enfim, o município apesar das dificuldades financeiras tem feito o possível e o impossível para que o povo seja protegido, contudo, o Estado insiste em não fazer a sua parte. Por isso, os vereadores continuam implorando por segurança pública.
Por Pedro Ferreira.