Na luta desde 2013, o vereador Luiz Fábio Alves da Silva (PSDB), o Fabinho (foto) voltou a cobrar da Prefeitura Municipal de Ferraz de Vasconcelos para que acerte com a empresa concessionária Radial a implantação do bilhete único, no município. Ele falou sobre o assunto, na sessão ordinária, na segunda-feira, dia 24. Segundo Fabinho, a medida visa amenizar o bolso do usuário do sistema de transporte local, sobretudo agora nesse período de forte crise econômica. O vereador lamenta ainda que a cidade não tenha seguido os exemplos da capital paulista e de Guarulhos.
Além disso, Fabinho também demonstrou toda a sua preocupação em relação à demora por parte da municipalidade para resolver de uma vez por todas o novo processo de licitação do transporte público, que, na prática, arrasta-se há vários anos, ou seja, os gestores prometem que vão fazer o certame licitatório, principalmente, após sofrerem reiteradas críticas do Poder Legislativo, em geral, contudo, o tema continua sempre na estaca zero. Por sua vez, o vereador deixa claro que pessoalmente não possui nada contra o serviço prestado pela Radial, mas apoia a queixa de usuários. “No momento, a abertura de licitação para o setor de transporte representa uma questão de legalidade”, diz.
Afinal de contas, o atual modelo de concessão pública do sistema de transporte no município começou, em 1976, e de lá para cá permanece sendo prorrogado de forma repetida, apesar da legislação em vigor exigir uma nova licitação. Na realidade, o procedimento deveria ter sido realizado, em 1996 quando vencera o aditamento de dez anos, que, por coincidência, o prefeito, na época, era o atual, José Carlos Fernandes Chacon (PRB), o Zé Biruta, Agora, o gestor ferrazense tem a chance de corrigir o erro cometido naquela ocasião e, portanto, o momento é adequado. Em 2006, o então prefeito, Jorge Abissamra (PSB), o Dr. Jorge prorrogou a concessão até julho de 2020.
Fabinho disse ainda que a sua bandeira política em prol da adoção do bilhete único possui um único objetivo, isto é, permitir que o passageiro possa ser transportado pagando, por isso, uma tarifa de ônibus justa e condizente com o seu bolso. “Como vereador não abro mão dessa batalha para convencer a Prefeitura Municipal e a empresa Radial a colocarem em funcionamento o bilhete único”, comenta Fabinho. Ele destaca também que o município possui menos de 30 quilômetros de extensão, mas o seu morador é forçado a pagar até duas conduções para ir, por exemplo, ao Hospital Regional Dr. Osíris Florindo Coelho, na Vila Corrêa. Hoje, a tarifa é de R$3,80.
Por Pedro Ferreira, em 27/04/2017.