CEI do Samu terá mais 45 dias para concluir relatório

Vereador Roberto de Souza (PMDB) diz que CEI do Samu está na reta finalA Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Câmara Municipal de Ferraz de Vasconcelos aberta, em março do ano passado, para apurar supostas irregularidades na marcação do ponto eletrônico por então servidores do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ganha mais 45 dias para concluir o seu relatório final. A prorrogação dos trabalhos de investigação foi aprovada por meio de um requerimento do seu presidente, vereador (foto) Roberto Antunes de Souza (PMDB), na sessão ordinária, na segunda-feira, dia 27.

A decisão de aumentar mais uma vez o prazo de vigência da chamada “CEI do Samu” fora adotada devido à complexidade no processo de apuração do escândalo estourado pela Guarda Civil Municipal (GCM). Na realidade, a maior dificuldade existe na hora de se fazer o cruzamento de dados relacionados à quebra de sigilos bancários e fiscais do então coordenador do Samu e principal mentor da viável fraude aos cofres municipais, Jorge Luiz Cury e da médica Thauane Ferreira Nunes flagrada usando dedos de silicone para marcar o ponto digital de colegas.

Para Roberto de Souza, a comissão tem sido bastante criteriosa ao lidar com um volume de informações complexas e, ao mesmo tempo, técnicas que, portanto, exigem muita cautela para evitar eventuais falhas na elaboração do relatório final. O presidente reitera que o mais importante nesse processo de investigação é encontrar a verdade dos fatos e não ficar preocupado com tempo disponível para concluir os trabalhos. “Na verdade, temos consciência que estamos realizando uma apuração séria e, com isso, no momento oportuno vamos recomendar as medidas legais cabíveis aos órgãos competentes”, diz Roberto de Souza.

Na prática, os profissionais implicados na suposta ilegalidade no ponto eletrônico do Samu ferrazense podem ser punidos pela Justiça por falsidade ideológica e formação de quadrilha, entre outros, crimes. No total, a CEI do Samu ouviu os depoimentos de 24 pessoas ligadas diretas ou indiretamente ao caso. Por sua vez, protegidos pela legislação, o médico Jorge Cury e a sua filha a também médica Aline Monteiro ignoraram as oitivas. Além de Roberto de Souza, o grupo é formado ainda pelo relator, Antonio Carlos Alves Correia (PSD), o Tonho, e pelos membros Claudio Ramos Moreira (PT), Marcos Antonio Castello (SDD), o Ratinho, Walter Marsal Rosa (PROS), o Valtinho do Ipanema e Luiz Tenório de Melo (PR).

Por Pedro Ferreira.