Caso o reajuste no valor da tarifa de ônibus seja autorizado à empresa concessionária Radial pela Prefeitura Municipal de Ferraz de Vasconcelos por meio de um simples decreto, em breve, a medida terá uma forte oposição dos vereadores (foto) em geral. Para tentar descobrir de forma oficial o que existe de verdadeiro sobre o assunto, o plenário da Casa aprovou um requerimento na sessão ordinária, na segunda-feira, dia 10. O documento é de autoria dos petistas Maria Simplício Nascimento e Claudio Ramos Moreira.
Para os dois parlamentares, atualmente, o munícipe ferrazense já paga a passagem mais cara na região do Alto Tietê, ou seja, R$3,00 para um município que possui somente 28 quilômetros quadrados de extensão territorial. Ainda, de acordo com eles, o alto custo da tarifa prejudica, sobretudo, o bolso de pessoas que residem na perifeira da cidade. “Trata-se de um percurso muito curto, porém, o trabalhador precisa pagar, por exemplo, duas conduções para ir até o Hospital Regional, na Vila Corrêa”, dizem.
Na opinião de Maria Simplício e de Claudio Ramos, a saída para reduzir o impacto financeiro na vida do morador local seria o governo municipal adotar o bilhete único, aliás, já prometido desde o início do ano passado, mas, até agora nada. Além disso, eles defendem que uma eventual mudança no preço da tarifa de ônibus deveria ser objeto de discussão entre os vereadores, o Executivo, o povo e a empresa. Já o vereador Luiz Tenório de Melo (PR) que presidiu uma comissão para discutir no setor, a administração precisa, na verdade, abrir uma nova licitação e não reajustar a passagem.
Na prática, para a Câmara Municipal, o ideal seria a empresa Radial oferecer um atendimento melhor, com coletivos dotados de acessibilidade, mais pontualidade e, ao mesmo tempo, em parceria com a Prefeitura Municipal instalar coberturas nos pontos de ônibus. As críticas contra o possível reajuste da tarifa partiram ainda dos vereadores Clenilson Lima (PSDB), o Quequê, Antonio Carlos Alves Correia (PSD), o Tonho, o presidente do Legislativo, Luiz Fábio Alves da Silva (PSDB), o Fabinho, Roberto Antunes de Souza (PMDB) e Willians Santos (PSB), o Willians do Gás.
Por Pedro Ferreira.
