Vereador Inha cobra o fortalecimento operacional da Defesa Civil na cidade

Por ser um órgão preventivo importante no dia a dia da população local, historicamente não reconhecido pelos gestores públicos, em geral, a Defesa Civil precisa ser cada vez mais valorizada no seu cotidiano. Por isso, o vereador Flávio Batista de Souza (Podemos), o Inha (foto), pediu o fortalecimento do setor pela atual administração da cidade. Segundo ele, a Defesa Civil desempenha um papel extraordinário na prevenção, por exemplo, de desastres naturais e, portanto, chegou o momento de o poder público investir mais no departamento.

O discurso em apoio ao trabalho desenvolvido pela Defesa Civil na cidade ocorreu na sessão ordinária, na terça-feira, dia 28. Para Inha, o serviço do órgão ganha ainda mais relevância quando se leva em consideração o fato de Ferraz de Vasconcelos possuir 26 áreas de risco total em sua maioria ainda não mapeadas e, sobretudo, porque estima-se que cerca de 30 mil pessoas estão morando nesses locais perigosos que podem sofrer acidentes como desmoronamentos de terra a qualquer momento, mas, sobretudo, em dias de chuvas torrenciais. Ferraz tem hoje 26 área de risco total.

Como exemplo negativo, Inha destacou o recente deslizamento de terra na Rua Mariana Junqueira, na Vila São Paulo, que vitimou infelizmente um morador, de 45 anos, e soterrou três casas, deixando assim famílias desabrigadas em definitivo. O curioso é que apesar das evidências a área de encosta não era oficialmente considerada como crítica, ou seja, de risco e somente após essa fatalidade é que os órgãos competentes municipais instalaram placas alertando os munícipes sobre os riscos que representam morar naquele local.

Outra região local que requer bastante atenção do poder público é o bairro da Vila Cristina que há poucas semanas também passou por deslizamento de terra, porém, causou apenas prejuízos materiais na ocasião. Aliás, laudos feitos por peritos do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) condenaram em torno de 20 moradias no bairro. Em razão disso, nos últimos dias, a Prefeitura Municipal tenta convencer os moradores a saírem do local. Para tanto, o Poder Executivo oferece um auxílio-moradia de R$600,00 mensais para ajudar no pagamento de aluguel.

                                                 Relegada

Convém ressaltar que até 2017, a Defesa Civil local não tinha sequer um veículo para transportar os seus servidores. Na época, os funcionários dependiam de carona de outros setores da municipalidade para prestar minimamente o seu trabalho. Por outro lado, nas últimas duas administrações, o órgão ganhou, por exemplo, viaturas e passou assim a está mais presente nas ações preventivas na cidade. De acordo com Inha, além de ser melhor equipada, a Defesa Civil também necessita ter no seu quadro de pessoal, profissionais qualificados como geólogos.

Por Pedro Ferreira, em 01/03/2023.