Vereador denuncia demora no atendimento do Samu

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) é reconhecido por sua eficiência, em geral, mas no caso da unidade de Ferraz de Vasconcelos parece que esse conceito está sendo afetado nos últimos meses. Na realidade, usuários reclamam de demora na hora de acionar o órgão, ou seja, o setor de regulação estaria agindo com lentidão e com seletividade no momento do protocolo. Por isso, para tentar esclarecer o problema, o vereador (foto) Claudio Roberto Squizato (PSB) fez um requerimento à municipalidade. O documento foi aprovado, na segunda-feira, dia 13. 

Nele, o parlamentar questiona se o atendimento telefônico (192) é feito por médico ou por telefonista, assim como, cobra o número de viaturas da frota e quantas estão, de fato, funcionando na atualidade. Na tribuna, Claudio Squizato relatou o caso recente de um morador que não conseguiu atendimento porque a atendente depois de perguntar tanto sobre a situação do paciente levou o assunto ao médico plantonista, que, simplesmente, respondeu não tratar-se uma urgência. Resultado: um parente precisou ir até o Corpo de Bombeiros que socorreu o cidadão ao Hospital Regional.

Na unidade,  na Vila Corrêa, ficou comprovado que o munícipe tinha enfartado e dias depois acabou falecendo. Noutra ocasião, um morador na Vila das Nações pediu socorro ao Samu, porém, recebeu como resposta que a viatura não possuía combustível para rodar. “No fundo, o Samu presta um serviço extraordinário, contudo, tem deixado o cidadão na mão”, comenta Claudio Squizato. Por sua vez, o presidente da Casa, Flavio Batista de Souza (PTB) afirmou que o órgão salva vidas e, portanto, jamais poderá ser afetado pela calamidade financeira decretada pelo governo municipal.

Para ele, apesar da crise econômica porque passa o município o Samu não pode ficar agonizando, isto é, a administração da cidade precisa priorizar os recursos usados no custeio mensal do órgão.  O vereador Luiz Fabio Alves da Silva (PMDB), o Fabinho denunciou que o serviço vem sendo feito com má vontade por servidores. “Afinal de contas, quando alguém liga lá o atendente faz tantos questionamentos que pode atrasar o socorro e contribuindo assim para piorar o estado de saúde do paciente. Além disso, já presenciei casos onde a pessoa é colocada na máquina de qualquer jeito”, conclui Fabinho.

                                               Desrespeito

Na sessão ordinária, o vereador Claudio Squizato cobrou ainda informações sobre a quantidade de médicos veterinários, se são profissionais concursados, o número de atendimento mensal pelo setor de zoonoses e se existe plano para a castração de animais abandonados. Segundo ele, o atual quadro de animais soltos nas ruas da cidade representa um verdadeiro problema de saúde pública. A saída seria incentivar a posse responsável, feiras de adoção e, sobretudo, construir um Centro de Controle de Zoonoses (CCZ). O vereador estima a existência de dez mil animais abandonados em Ferraz.

Por Pedro Ferreira.