Por divergir do fato de o Partido Social Democrático (PSD) de Ferraz de Vasconcelos fazer parte da base governista e, ao mesmo tempo, liderar a trincheira da oposição pontual contra a mesma administração, o vereador (foto) Antonio Carlos Alves Correia decidiu deixar o cargo de vice-presidente da legenda, no município. O parlamentar ocupava o posto desde 2011. Com a decisão adotada na segunda-feira, dia 01, ele permanece apenas como um simples filiado da sigla.
Segundo ele, a opção de deixar a vice-presidência da executiva municipal do PSD foi à saída política mais apropriada no momento, já que, não fazia mais sentido integrar a alta cúpula do partido na cidade sem, no entanto, concordar com a postura assumida pelo restante da direção, notadamente, do então presidente, agora vice-presidente e atual secretário municipal da Indústria e Comércio, Élio de Andrade Filho. “Na verdade, o partido faz parte de um governo que não acredito e, portanto, vou continuar sendo oposição”, diz.
Por sua vez, mesmo contando com o aval do coordenador regional do PSD, o prefeito de Mogi das Cruzes, Marco Aurélio Bertaiolli, para pleitear inclusive a própria presidência do diretório municipal, Tonho optou por não levar adiante a ideia. Afinal, ele precisaria quebrar a resistência interna ao seu nome, o que poderia aumentar ainda mais o atrito, isto é, a sua convivência na sigla. Em todo caso, o vereador exalta o comportamento do prefeito mogiano que em sua avaliação é um homem de palavra.
Além disso, pesou ainda contra a chance de disputar o comando do PSD no município à presença de ex-vereadores na base aliada, no caso, o novo presidente da legenda e atual secretário municipal de Planejamento, Silas Faria de Souza e o coordenador da Agricultura e Abastecimento, Vagner Vallet Ninck, o Pastor Vagner que assumiu a primeira-secretaria do PSD. “A minha discordância é contra a maneira como o nosso município está sendo governado, porém, sei muito bem separar o papel de meus companheiros de partido. Em suma, respeito à postura de cada um deles”, finaliza Tonho.
Por Pedro Ferreira.