Apesar de ser um direito universal, o acesso à água potável ainda não chegou ao cotidiano da maioria dos moradores do Jardim Cambiri em Ferraz de Vasconcelos. Além disso, os habitantes do bairro onde se localizam inúmeras chácaras e, portanto, vivem em uma área quase isolada e com características rurais também não dispõem de rede coletora de esgoto sanitário. Atualmente, eles consomem água de poço, em geral, semi-artesianos e por vezes ainda de submersão forçada, isto é, buscada abaixo da superfície (cacimba).
Por isso, o vereador Claudio Roberto Squizato (PL) apresentou um requerimento em forma de ofício à Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), na sessão ordinária, na terça-feira, dia 5. Nele, o parlamentar (foto) questiona a empresa se existe uma previsão para instalação ou prolongamento da rede de fornecimento de água para a construção de rede coletora de esgoto, sobretudo, para a Rua Yoshico Utaka e demais vias públicas circunvizinhas que ainda não contam com os serviços.
No documento, Squizato pede que em caso positivo, qual seria então o prazo para o início das obras e ele quer saber também o número de imóveis situados nas divisas de Ferraz de Vasconcelos e Poá, isto é, na região do Jardim Cambiri cujo moradores convivem sem a distribuição de água encanada e sem rede coletora de esgoto. Por último, o vereador cobra o tamanho da faixa territorial medida em quilômetros quadrados, que ainda não possuem destes serviços fundamentais para a vida humana e animal.
Estudos locais feitos, em 2020, indicam que a cidade tinha 308 km de rede de distribuição de água ou 8,3 milhões de metros cúbicos abrangendo 56.755 mil ligações, que representava uma cobertura de 99,73%. Em contrapartida, a rede coletora de esgotamento sanitário somava 91%, atingindo 46.710 mil ligações. Por outro lado, de acordo com as mesmas análises, em bairros distantes e rurais, as soluções para resolver o esgotamento sanitário precisam ser individuais.
Por Pedro Ferreira, em 06/09/2023.