As obras de revitalização da Avenida XV de Novembro e, sobretudo, as da Praça Independência, ambas na região central da cidade, acabaram por afastar os animais errantes ou abandonados, ou seja, cachorros que eram alimentados por protetores independentes, comerciantes, policiais e transeuntes, entre outras pessoas voluntárias. Por isso, como os ativistas da causa animal sentem a falta da presença do chamado “cão comunitário, o vereador Claudio Roberto Squizato (PL) questionou a Prefeitura Municipal sobre o “sumiço” dos bichos.
De acordo com o requerimento aprovado, por unanimidade, na sessão ordinária, na terça-feira, dia 10, existem casos de cães que viviam, por exemplo, na Praça da Independência há mais de 12 anos e, portanto, esses cachorros já possuíam uma relação amorosa com os seus protetores em geral. Em compensação, segundo Claudio Squizato (foto), o que mais intriga os ativistas como ele próprio é a falta de informação oficial por parte do setor competente da municipalidade a respeito do destino dado aos animais que habitavam a Avenida XV de Novembro (foto) e a Praça da Independência.
No documento, o parlamentar questiona se ocorreu de fato uma ação da Prefeitura Municipal no sentido de retirar alguns animais que viviam no entorno e na Praça da Independência. Em caso positivo, para onde foram levados e ainda e se foi feita uma triagem para saber o estado de saúde de cada “cão comunitário” antes de ser destinado para um abrigo. Na prática, o vereador quer saber se os cachorros passaram por exames clínicos para afastar a possibilidade da existência de doença viral, como são os casos da cinomose e leishmaniose que podem ser transmitidas para outros animais e humanos.
“Na realidade, tratam-se de duas enfermidades que podem levar à morte ou deixarem os animais acometidos com sequelas gravíssimas. Por isso, a importância da realização de exames preventivos”, explicou Claudio Squizato. No fundo, a maior preocupação dele e do restante dos ativistas é o Poder Executivo contratou uma empresa ou associação para retirar e abrigar os cães da Praça da Independência. Se sim, qual o valor do acordo entre a municipalidade, a empresa ou a pessoa física responsável pelos animais.
Posse responsável
O vereador cobrou também o endereço destes supostos tutores e, ao mesmo tempo, quando as obras (foto) de revitalização, principalmente, as da Praça da Independência foram concluídas, os cachorros voltarão para o local ou vão ser disponibilizados para o processo de adoção. Em caso verdadeiro, qual a metodologia, ou seja, o critério a ser utilizado e quem ou qual o departamento ficaria imbuído do referido procedimento. De acordo com a legislação, após o seu recebimento, o Palácio da Uva Itália tem 15 dias para responder os questionamentos, podendo ainda pedir mais tempo para levantar os dados.
Por Pedro Ferreira, em 13/05/2022.