Acostumado a fazer oposição, sobretudo, no período de 2005 a 2008, ou seja, na primeira gestão do então prefeito de Ferraz de Vasconcelos, Jorge Abissamra (PSB), o Dr.Jorge, aliás, até a presente data ele continua um crítico ferrenho do ex-chefe do Poder Executivo, o presidente da Câmara Municipal (foto) Roberto Antunes de Souza (PMDB) que desde 2013 integra a base governista da atual administração, porém, engana-se quem pensa que por ser um aliado precisa dizer amém a tudo que se passa dentro do governo. Segundo ele, como governista cobra, mas, nem sempre é ouvido.
Com coerência, o presidente afirmou que apoia o governo municipal, contudo, nada o impede de apontar falhas, assim como, exaltar eventuais acertos da gestão comandada por Acir Filló dos Santos (PSDB), o Acir Filló. Como exemplo de sua discordância, Roberto de Souza cita o caso de ter defendido a abertura de uma auditoria nas contas da municipalidade para descobrir a verdadeira caixa-preta herdada do anterior logo no início de 2013, mas, não obteve êxito. A mesma iniciativa também fora por outro aliado de primeira hora, o tucano, Luiz Fábio Alves da Silva, o Fabinho.
Por outro lado, Roberto de Souza disse que respeita o trabalho da oposição ao atual gestor, todavia, pautado na experiência adquirida ao longo de sua carreira política e de policial civil, destaca que toda à denúncia contra o administrador público deve ser encaminhada ao Ministério Público (MP) e aos demais órgãos fiscalizadores, entre eles, o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP). “De 2005 a 2008, o grupo formado por mim e pelos colegas Marcos Antonio Castello (SDD), o Ratinho e José Izidro Neto (PMDB), atual vice-prefeito cansou de levar as barras da justiça um monte de irregularidades cometidas pelo ex-prefeito. Enfim, fizemos o nosso papel”, garante.
Lamentavelmente, ele reconhece que graças à existência de brechas na lei, aliado a morosidade habitual do Poder Judiciário e por contar com uma boa banca de advogados nem todas as falcatruas cometidas pelo ex-prefeito lograram o sucesso esperado, no entanto, tem consciência que em parceria com os companheiros fez a coisa certa. Por sua vez, na tribuna da Casa, na segunda-feira, dia 09, Roberto de Souza manifestou ainda sua preocupação com a situação da segurança pública em todas as esferas de poder. Para ele, o estado brasileiro está falido e, por isso, os criminosos tomaram conta de quase tudo.
União
Atuando no setor há mais de 30 anos, Roberto de Souza acrescentou que concorda com a chamada desmilitarização das polícias. Para tanto, basta definir, claramente, a atribuição de cada corporação. Com isso, acabaria com o ego, sobretudo, de integrantes da alta cúpula das polícias e, em contrapartida, o cidadão de bem teria uma resposta ágil e eficiente. Além disso, o presidente voltou a elogiar o desempenho da Guarda Civil Municipal (GCM). Em sua opinião, a instituição local tem sido firme inclusive desarticulando quadrilhas de alto poder de fogo no mundo do crime.
Por Pedro Ferreira.