Sabesp garante obra de esgoto em bairros, mas evita prazo

A cúpula regional da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) informa que os bairros da Vila Cristina e Jardim das Flores, em Ferraz de Vasconcelos, deverão ser contemplados com os serviços de rede coletora de esgoto, porém, cobrada por vereadores não forneceu nenhum prazo para o início das obras. O assunto foi tratado durante reunião (foto) na terça-feira, dia 7, na Câmara Municipal, no centro. Os dois locais são os únicos da cidade que ainda não possuem coleta de esgoto.

Em todo caso, o plenário da Casa pretende aprovar um requerimento assinado por todos os parlamentares ratificando a necessidade de a Sabesp estabelecer um cronograma mínimo a respeito do andamento do projeto-executivo sobre a implantação do sistema de esgotamento sanitário na Vila Cristina e no Jardim das Flores. O pedido de informações poderá ser votado em única discussão na próxima sessão ordinária, na segunda-feira, dia 13, a partir das 18h.

Na reunião, o gerente de Departamento, engenheiro Eduardo Camargo Afonso disse que trata-se de uma obra complexa que vai levar os dejetos dos dois bairros até a rede tronco na região do Cambiri. Além disso, a direção da Sabesp admite que poderá acontecer atraso nos serviços por conta de licenças ambientais. Mesmo assim, prometeu apressar o processo.  A concessão da empresa por 30 anos foi assinada, em 2010. Por sua vez, nos últimos três anos, a Sabesp investiu mais de R$10,8 milhões, na cidade.

Na atualidade, a empresa coleta 88,9% de todo o esgoto produzido em Ferraz, no entanto, não soube precisar com exatidão o percentual tratado. Já, no tocante, as ligações de água a cobertura atinge a 96,5%, totalizando 46.382 registros entre residenciais, comerciais, mistos e públicos. No município, a Sabesp possui 316,82 quilômetros de rede de água. Por outro lado, o índice de satisfação no atendimento de clientes chega a 99%.

Na audiência, os vereadores e os representantes regionais da empresa também abordaram sobre a qualidade dos serviços de tapa-valas. Para o presidente da Câmara Municipal, Flavio Batista de Souza (PTB), o Inha (em pé, 3º dir), o tema representa uma reclamação bastante antiga de todos os parlamentares. Em resposta, a Sabesp anunciou que em junho deste ano criou um grupo de trabalho especial para monitorar o trabalho da empreiteira CTL.

Para a empresa, o fechamento de tapa-vala deve ser feito, no máximo, em sete dias. Depois, dentro de 120 dias, a equipe faz uma vistoria no serviço que tem garantia de cinco anos. Além disso, para acompanhar de maneira técnica o trabalho da empreiteira CTL, a Sabesp contratou uma firma especializada. Com isso, aumentou a eficiência, o que comprova o rigor na fiscalização. Afinal de contas, o pagamento da obra só é feito após toda essa comprovação da qualidade.

Por Pedro Ferreira, em 08/11/2017.