Na sessão ordinária, na segunda-feira, dia 13, a Câmara Municipal de Ferraz de Vasconcelos aprovou um requerimento questionando sobre a restauração e o projeto de reforma da Vivenda Zenker conhecida, popularmente, como Castelo, origem do nome do bairro onde está localizado. O pedido de informação partiu do vereador (foto) Renato Ramos de Souza (PPS), o Renatinho Se Ligue.
Na cobrança, o vereador pergunta ao governo municipal sobre o investimento de mais de R$ 526 mil liberados pelo Governo Federal, em 2010. Na época, o dinheiro tinha como destino a obra de reforma no interior do prédio e a compra de equipamento para implantação de um restaurante-escola ao lado do local. Em compensação, a então administração da cidade não revitalizou o espaço histórico e os aparelhos do restaurante, simplesmente, sumiram.
Por isso, Renatinho Se Ligue quer saber da municipalidade o que está sendo feito para solucionar o problema, tendo em vista que o local encontra-se abandonado e com o mato, atraindo usuários de drogas para o local e comprometendo a segurança local. “Na realidade, o que fizeram com aquele patrimônio histórico foi um verdadeiro desperdício de dinheiro público e, acima de tudo, um completo desrespeito com a cultura ferrazense”, desabafa o vereador.
Ele acredita que o lugar poderia abrigar, por exemplo, um museu. O parlamentar disse que pretende após receber a resposta oficial da Prefeitura Municipal tentar intermediar parcerias privadas para recuperar o castelo e, com isso, transformar o local em ponto de visitação pública. “Precisamos resgatar aquele espaço precioso e histórico”, afirma Renatinho Se Ligue. O casarão foi declarado patrimônio histórico municipal, no final da década de 90.
Origem
O castelo de Ferraz de Vasconcelos foi construído por um jornalista alemão que fazia oposição ao ditador, Adolf Hitler. O edifício por muitos anos serviu de abrigo a imigrantes alemães fugitivos da Segunda Guerra Mundial (1939–1945). Por sua vez, o Executivo anunciou que está fazendo um estudo para poder adotar as providências cabíveis e inclusive responsabilizar o gestor da época pela malversação de dinheiro público.
Por Pedro Ferreira.