Como até agora somente a Secretaria Municipal da Educação está em dia com o repasse de R$36 mil mensais para custear a parte pedagógica de alunos da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Ferraz de Vasconcelos, o vereador Renato Ramos de Souza (PPS), o Renatinho Se Ligue (foto) quer saber porque as pastas da Saúde e da Promoção e Desenvolvimento Social ainda não assinaram o convênio com a renomada entidade filantrópica. Na segunda-feira, dia 25, o parlamentar fez um requerimento questionando essa demora de órgãos locais.
Na prática, Renatinho Se Ligue pediu para que a Câmara Municipal seja informada sobre quem são os responsáveis por acompanhar o fechamento dessas parcerias, onde encontram-se os documentos entregues há mais de um mês pela APAE e os motivos da lentidão para a assinaturas de acordos faltantes nas áreas da Saúde e da Promoção e Desenvolvimento Social. Além disso, o vereador solicita um prazo para que finalmente esses convênios possam oficializados pelas partes interessadas. Para ele, a falta de repasse da Saúde para bancar o atendimento clínico está prejudicando os usuários. No momento, a APAE possui uma lista de espera de mais 200 interessados.
A mesma acontece na parte social, já que a entidade precisa contratar assistentes para fazer entrevistas. Na opinião de Renatinho Se Ligue, o atendimento diário na entidade apesar do pouco apoio institucional da administração pública em geral prima pela qualidade e, sobretudo, pelo senso de responsabilidade para com as crianças, adolescentes, adultos e seus respectivos familiares. “Na verdade, a APAE desempenha uma missão impar na nossa cidade e, no entanto, padece de uma política pública, de fato, voltada para em parceria promover um acolhimento apropriado como o exigido no dia a dia da instituição”, salienta o parlamentar.
Em suma, centenas de alunos necessitam de atendimento pedagógico, clínico e social e para tanto é imprescindível à colaboração do Poder Executivo em todas as suas esferas. Além de fechar os dois convênios, a municipalidade vem há anos protelando a entrega da escritura definitiva de sede da APAE na Rua das Margaridas, 232, na Vila Santa Margarida. Com isso, o órgão filantrópico que é mantido também por doações de empresas e da sociedade civil acaba perdendo recursos oriundos, por exemplo, de emendas parlamentares. Hoje, a entidade atende em média 98 pessoas em processo de escolarização, 76 na parte clínica e 15 cidadãos acima de 30 anos em curso profissionalizante e terapêutico.
Por Pedro Ferreira, em 27/09/2017.
