Devido à falta de insulinas para os portadores de diabetes tipo 1 na rede municipal de saúde que custam em média R$70,00 cada aplicação por dia, o vereador Claudio Roberto Squizato (PL) voltou a criticar o poder público local por deixar esvaziar o estoque e, com isso, colocar em risco a vida de vários pacientes que dependem desta medicação para controlar a doença, ou seja, manterem a glicose no sangue em patamar normal. O pedido de socorro ocorreu na terça-feira, dia 29. Ele tratou o assunto em março de 2022.
Segundo ele (foto), a insulina de uso contínuo é um produto caro e, por isso, é fornecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e, neste caso, o remédio nunca deveria deixar de existir nos postos de saúde, isto é, precisa ser uma medida prioritária de qualquer administrador público. “Enfim, são insumos específicos para pessoas diabéticas e não devem faltar nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Em Ferraz, infelizmente, o atraso na distribuição do medicamento apresenta problema há cinco anos”, diz.
Em razão disso, o vereador pediu urgência para o setor competente da municipalidade para resolver o grave impasse que estar afetando a vida de centenas de pacientes diabéticos, sobretudo, tipo 1. De acordo com ele, caso aconteça demora por parte do Ministério da Saúde, o governo municipal deve, de imediato, comprar a insulina antes mesmo de concluir o processo de licitação. “É uma questão de vida ou morte e a lentidão é inimiga das pessoas portadoras da doença”, alertou Squizato.
Segundo a literatura médica, de 5 a 10% do total de diabéticos tipo 1, geralmente, é identificado na infância e adolescência. Na prática, o sistema imunológico ataca as células que produzem a insulina. Assim, não há quantidade suficiente para controlar o nível de glicose no sangue. Em contrapartida, no tipo 2, o organismo desenvolve uma resistência à ação desse hormônio. É a modalidade mais comum e atinge 90% dos diabéticos. O modelo está relacionado ao estilo de vida e a fatores hereditários.
Dúvidas
Além de denunciar a falta de insulinas especiais, Squizato também preparou um requerimento. No documento, ele quer saber qual o tipo de modalidade de licitação que estão incluídos os produtos, se existe uma ata de registro de preços apta para aquisição frequente. Em caso positivo, por quanto tempo de antecedência estão sendo adquiridos e qual prazo de entrega? Além disso, cobra por qual motivo a medicação citada está sempre atrasando e acabando rápido? O texto poderá ser votado na próxima terça-feira, dia 5, a partir das 9h.
Por Pedro Ferreira, em 31/08/2023.