Ao completar dois anos e prestar a deixar o comando da Câmara Municipal de Ferraz de Vasconcelos, no próximo dia 31, o presidente (foto) Luiz Fábio Alves da Silva (PSDB) faz uma avaliação positiva dos trabalhos da Casa. Na última sessão ordinária deste ano, na segunda-feira, dia 15, em forma de agradecimento, Fabinho fez questão de citar, nominalmente, o nome de cada colega e dos servidores em geral. Além disso, o presidente destacou a presença constante do povo no cotidiano do Legislativo.
Para Fabinho, a Câmara Municipal é uma instituição séria e, ao mesmo tempo, intransigente quando está em jogo o interesse da sociedade ferrazense. O tucano ressaltou ainda que o esmero com o dinheiro público, ou seja, gastar apenas o necessário para manter o custeio da Casa e, com isso, oferecer todos os requisitos para que os vereadores atendam bem o munícipe. Em 2014, o orçamento girou em torno de R$7,4 milhões, contra um pouco mais de R$7 milhões, em 2013. Além dele, faz parte da Mesa Diretora, o vice Roberto Antunes de Souza (PMDB), o primeiro secretário, Wilians Santos (PSB), o Willians do Gás, o segundo Clenilson Lima Dias (PSDB), o Quequê e o terceiro Aurélio Costa de Oliveira (PPS), o Aurélio Alegrete.
Neste caso, Fabinho e o restante da Mesa Diretora tiveram que encarar um verdadeiro desafio, isto é, a Câmara Municipal voltou a ter 17 cadeiras e não 12 como era até 2012, o que obrigou a aumentar o número de assessores parlamentares de 24 para 34, além de precisar comprar mais veículos oficiais e material de escritório. O mais agravante é cresceu a quantidade de vereadores, mas, o valor do duodécimo que é o repasse mensal feito pela Prefeitura Municipal havia passado de 7% para 6% desde 2009, o significou uma perda média de R$1 milhão por ano, na época, para manter 12 assentos, imagina agora para custear as atuais 17 vagas.
Por isso, a presidência teve que adotar algumas medidas drásticas para poder evitar o colapso em suas finanças e, consequentemente, não enfrentar problemas junto ao Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE). Logo nos primeiros meses do ano passado, Fabinho diminuiu os salários dos assessores parlamentares de R$1,7 mil para R$1,3 mil e depois graças ao choque de gestão voltou, hoje, ao patamar de R$1,6 mil. Além disso, cortou o pagamento de horas extras e o número de minutos disponíveis no celular corporativo dos colegas caiu de 1,2 mil para mil, assim como, de 200 litros de combustível mensais para 100 do carro oficial de cada vereador e renegociou inúmeros contratos de prestadores de serviços. Enfim, honra todos os compromissos, em dia. Aliás, as contas de 2013 já foram aprovadas pelo TCE e as 2014 estão prestes a ser apreciadas pelos conselheiros.
Transparência total
“Felizmente, termino o nosso mandato a frente da Câmara Municipal de cabeça erguida e, sobretudo, com o sentimento da missão cumprida”, diz Fabinho. Porém, além de agir de maneira republicana não discriminando, portanto, nenhum agente público, servidor ou morador talvez um dos maiores legados dele na presidência do Legislativo tenha sido mesmo fora ampliar a transparência no dia a dia da instituição. Afinal de contas, pela primeira vez, um presidente determinou que todos os documentos fossem disponibilizados a todos os vereadores em seus e-mails e afins e demais interessados.
Mas, seguramente, as suas principais decepções nesses dois anos foram mesmo não ter construído a sede própria do Poder Legislativo em um imóvel na Vila Romanpólis, e apesar de plantado a semente não vê concretizada a criação do Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) dos mais de 3,6 mil servidores da municipalidade, em geral. Em todo caso, na condição de vereador até 2016, Fabinho promete continuar lutando para viabilizar tais objetivos e trabalhar cada vez mais por melhorias em benefício do povo ferrazense.
Por Pedro Ferreira.
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