Apesar de, devidamente, convocada a prestar depoimento a Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Câmara Municipal de Ferraz de Vasconcelos que investiga a suposta fraude no sistema de ponto digital no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), a médica afastada Aline Monteiro Cury não compareceu e sequer justificou a sua ausência nesta sexta-feira, dia 12, às 9h. Por isso, os membros da comissão (foto) esperaram cerca de 30 minutos e depois decidiram remarcar a oitiva dela para a próxima quarta-feira, dia 17, às 9h.
Além disso, a CEI do Samu definiu ainda a intimação do pai de Aline Monteiro e coordenador afastado do órgão, Jorge Luiz Cury para a mesma data, porém, às 11h. O médico até agora é apontado por ex-subordinados, isto é, por médicos também implicados no escândalo dos dedos de silicone e já ouvidos pela comissão como o principal articulador do possível esquema ilegal. Por sua vez, por meio do seu advogado, Vagner da Costa, o acusado admite a existência de dedos de silicone no local de trabalho, mas, nega que tenha feito uso dos referidos artefatos.
Para o presidente da CEI do Samu, vereador (foto-abaixo) Roberto Antunes de Souza (PMDB), a médica intimada a depor Aline Cury agiu de forma desrespeitosa com os membros da referida comissão por não comparecer e, ao mesmo tempo, não enviar comunicado prévio oficial alegando os motivos de sua ausência. “Na realidade, fomos alertados do não comparecimento da implicada por nossa Assessoria de Imprensa, o que convenhamos não é o procedimento mais adequado. Afinal, não estamos brincando e muito menos fazendo nenhum favor e, sim, apurando um caso já conhecido”, desabafa Roberto de Souza.
Segundo ele, todo o trabalho de investigação, que, exatamente, hoje (12/04) completa um mês transcorre dentro da mais perfeita legalidade. Em virtude disso, a comissão aguarda a presença da médica Aline Cury, assim como, a do seu pai na próxima quarta-feira nos horários marcados, mas, caso continuem ignorando as convocações, a CEI do Samu não hesitará em obrigá-los a vir depor, coercitivamente, ou seja, por meio da autoridade policial competente. Além da dupla envolvida no esquema, falta ainda a prestar depoimento o médico Caio José Losito Mantovani. No total, já ouvidos quatro profissionais.