Além de propor um minuto de silêncio em memória das vítimas dos deslizamentos de terra em consequência das chuvas torrenciais que castigam, sobretudo, os moradores da capital e da região metropolitana do Recife (PE), nos últimos dias, o presidente da Câmara Municipal de Ferraz de Vasconcelos, vereador Flávio Batista de Souza (Pode), o Inha, lamentou a tragédia. O discurso em respeito aos mortos e ao sofrimento das famílias atingidas ocorreu na sessão ordinária, na terça-feira, dia 31.
De acordo com ele (foto), os desmoronamentos de encostas são casos presumíveis, no entanto, infelizmente, o poder público em geral ainda não agiu para evitar esse tipo de calamidade de maneira preventiva. Na prática, avalia Inha, a ocupação de morros é o resultado perverso da desigualdade social reinante no nosso país. Afinal de contas, o cidadão não escolhe morar numa região propícia a ruir a qualquer momento por vontade própria. Por isso, o parlamentar culpa os governantes de plantão por essas catástrofes
Em suma, para o presidente, desastres dessa natureza revelam a falta de políticas públicas habitacionais nos quatro cantos do país. “Na realidade, esses flagelos como acontecem no nordeste brasileiro, notadamente, nos estados de Pernambuco e Alagoas não podem ser considerados como uma simples fatalidade do dia a dia”, criticou. Ainda, na visão dele, o grito de agonia das famílias afetadas não deve ser esquecido jamais. Inha elogiou o trabalho da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros.
No total, 128 pessoas morreram soterradas. Além disso, mais de nove mil habitantes estão desabrigados em Recife e em cidades da região metropolitana. Aliás, até o presente momento 24 municípios pernambucanos localizados no entorno da capital decretaram situação de emergência. A medida favorece o recebimento de ajuda federal e estadual. Em Alagoas, as chuvas torrenciais alagam cidades, mas felizmente o número de vítimas é bem menor.
Por Pedro Ferreira, em 01/06/2022.