Inha defende a contratação de OSS para gerir setores da Saúde

Como fechou 2017, com a folha de pagamento de servidores  comprometida, em 51,26%, ou seja, próximo ao limite prudencial de 51,30%, a Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos enfrenta um verdadeiro dilema administrativo para manter o atendimento a população, sobretudo, na área da Saúde já que o número de funcionários nesse setor não é suficiente para fazer jus a toda à demanda. No fundo, a falta de especialistas tem obrigado alguns profissionais a fazer horas extras, principalmente, clínicos gerais e pediatras. Hoje, a rede dispõe de 122 médicos, porém, o serviço extraordinário corresponde a mais 38 profissionais. 

Por isso, a solução para resolver esse grave problema de mão de obra especializada na área da Saúde a municipalidade precisaria terceirizar a administração de alguns ramos como, por exemplo, o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) e até mesmo de postos de saúde, assim como, já faz com a realização de exames laboratoriais. Na prática, a contratação de uma Organização Social de Saúde (OSS) para gerenciar parte do sistema fora defendida pelo presidente da Câmara Municipal, vereador Flavio Batista de Souza (PTB) o Inha (foto), na sessão ordinária, na segunda-feira, dia 5.

Para ele, alguns médicos especialistas admitidos por meio de processo de seletivo já estão prestes a sair porque os seus contratos de trabalho não podem mais ser prorrogados e, portanto, cada vez mais o Poder Executivo terá o seu quadro de servidores ainda mais reduzido. Em contrapartida, a demanda de usuários do sistema de saúde continua crescendo de maneira intensa. Neste caso, como não pode fazer concurso público para não estourar o teto prudencial e ter as contas anuais rejeitadas pelo Tribunal do Estado de São Paulo (TCE-SP), o presidente da Casa não enxerga outra saída que não seja a terceirização.

Inha também comentou sobre a lentidão na realização de exames laboratoriais e de consultas médicas. Segundo ele, tratam-se de procedimentos fundamentais para prevenir e diagnosticar eventuais problemas de saúde em pacientes. Além disso, o presidente criticou o ritmo lento de trabalho do secretário municipal da Saúde, Marco Aurélio Alves Feitosa. Para o vereador, não basta ter boas intenções para o setor e, sim, agir com rapidez no atendimento a procura de usuários. Em suma, o titular da pasta tem de mostrar a sua cara e mais do que isso formatar as metas para o setor. “O prefeito, José Carlos Fernandes Chacon (PRB), o Zé Biruta até cobra ações, mas as mesmas não saem do papel” conclui o presidente.

Por Pedro Ferreira, em 09/03/2018.