Creches conveniadas com a Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos reivindicam o reajuste per capita, ou seja, por cada criança atendida, em 2017. Pelos cálculos das entidades sociais do Terceiro Setor, o percentual de reposição da tabela levando em consideração a inflação apurada pelo Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA) até outubro seria de 2,21%. Sem encontrar respaldo do Poder Executivo para a cobrança, representantes de creches conveniadas reuniram-se (foto) com um grupo de vereadores, no último dia 21, na Câmara Municipal, no centro.
No encontro, eles pediram o apoio dos parlamentares para tentar convencer a municipalidade da necessidade urgente de atender ao pleito. Ainda, de acordo com os dirigentes, as creches conveniadas não estão solicitando nenhum tipo de favor à administração da cidade, já que a sua atuação supre, na realidade, a falta do poder público que não consegue atender toda à demanda. No total, nove entidades do Terceiro Setor mantêm parceria com a Prefeitura de Ferraz. Na prática, na opinião deles, não existe uma política pública clara para o setor na cidade.
Na atualidade, cada entidade recebe por cada criança matriculada por mês R$447,84 (berçário); R$257,22 (infantil I e II) e R$166,08 (parcial). Com esse repasse, as creches conveniadas pagam seus profissionais e respectivos encargos sociais, assim como, as despesas com todo o custeio, tais como: alvará de funcionamento, Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), água, luz, telefone, internet, material de limpeza e pedagógico, a contabilidade e a alimentação de funcionários. Além disso, algumas delas arcam também com o aluguel, o que agrava-se ainda mais a situação financeira.
Caso não tenham a sua reivindicação atendida pela municipalidade, as entidades sociais poderão ser obrigadas a demitir funcionários, sobretudo, por conta do dissídio salarial da categoria em maio. Por sua vez, o presidente da Câmara Municipal, Flavio Batista de Souza (PTB), o Inha disse que a Casa apoia a luta das creches conveniadas e promete continuar discutindo o assunto. Ele criticou a ausência de interesse do Poder Executivo em dialogar com os representantes. Na semana passada, aconteceu uma nova reunião no Palácio da Uva Itália, porém, não surtiu nenhum efeito.
Por Pedro Ferreira, em 29/11/2017.