Comissão recorre à Justiça para obter o depoimento de testemunha do “Caso Samu”

Membros da CEI do Samu de FerrazDepois de um pouco de mais de dois meses de trabalho completados, no domingo, dia 12, a Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Câmara Municipal de Ferraz de Vasconcelos (foto) criada para apurar o escândalo no Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) vai apelar a Justiça para que determine o comparecimento da testemunha, Ariane de Oliveira. Ela que atua como agente administrativo no Departamento de Recursos Humanos (DRH) da Prefeitura Municipal não apareceu para depor sobre o episódio no último dia 08, apesar de notificada.

Por sua vez, a testemunha sequer forneceu uma explicação oficial prévia ou posterior para deixar de prestar esclarecimento à comissão. Na realidade, minutos antes de sua oitiva, a CEI do Samu fora informada pelo RH do Poder Executivo que referida servidora encontra-se em gozo de licença prêmio desde 06 do corrente, no entanto, a sua notificação ocorreu antes do pedido de afastamento. Por isso, a comissão sentiu-se desrespeitada pela funcionária, Ariane de Oliveira. Agora, para evitar comportamento semelhante, a CEI do Samu espera que o Poder Judiciário acate a condução coercitiva.

Neste caso, a comissão marcou o depoimento da servidora para o dia 27 deste mês, às 9h. O presidente da CEI do Samu, vereador Roberto Antunes de Souza (PMDB) disse que está muito confiante numa decisão da Justiça favorável ao pedido. Ele destaca que o trabalho de investigação tem sido feito de maneira correta, séria e dentro da legalidade e, portanto, não é admissível que um depoente, simplesmente, ignore uma notificação para prestar esclarecimento sobre o caso dos dedos de silicone. “Nós, da comissão não estamos brincando em serviço”, brada Roberto de Souza.

Além de Ariane de Oliveira, a CEI do Samu também não obteve êxito para fazer a oitiva do principal acusado de comandar o possível esquema, o médico Jorge Luiz Cury, assim como, a da sua filha, Aline Monteiro Cury. Em virtude disso, a comissão estuda uma saída jurídica para as negativas. Em contrapartida, nesta quarta-feira, dia 15, os membros da CEI do Samu ouvem o depoimento dos servidores do RH da Saúde, Kelly D’Ávila Hungria, às 9h e Flávio Márcio Correa Santos de Araújo, às 10h30. Até agora, já prestaram informações cinco médicos implicados, 13 funcionários do Samu e dois do DRH da Prefeitura Municipal.