Comissão ouve o depoimento de mais três testemunhas do “Caso Samu”

Vereador Roberto de Souza (PMDB), presidente da CEI do SamuA Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Câmara Municipal de Ferraz de Vasconcelos aberta para apurar o suposto esquema na marcação do ponto eletrônico do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ouve o depoimento de mais três testemunhas nesta quarta-feira, dia 08. Segundo o presidente da comissão (foto) Roberto Antunes de Souza (PMDB) prestam esclarecimentos às funcionárias do setor de Recursos Humanos (RH) da Prefeitura Municipal, Ariane de Oliveira, às 13h e Sirlei de Souza, às 14h. A comissão completa dois meses de trabalho no próximo dia 12.

Além disso, os membros da CEI do Samu vão colher a oitiva da coordenadora da área de enfermagem do órgão, Paula Alessandra Soares de Brito, às 14h30. Até agora, a comissão já ouviu o depoimento de cinco médicos implicados, de 12 funcionários do Samu e o da chefe do Departamento de Recursos Humanos (DRH) do Poder Executivo, Márcia Aparecida Peres. De acordo com Roberto de Souza, os depoimentos, sobretudo, dos cinco médicos apontam para o coordenador afastado do Samu, Jorge Luiz Cury, como o principal mentor da fraude.

Por sua vez, o referido médico e a sua filha, Aline Monteiro Cury, já foi notificado a prestar esclarecimento sobre a denúncia três vezes, no entanto, a dupla preferiu não comparecer a audiência e, ao mesmo tempo, não apresentar nenhum tipo de justificativa oficial. Por isso, a CEI do Samu estuda solicitar a autorização da Justiça local para que ambos sejam obrigados a depor. A medida deverá ser feita ao Poder Judiciário nos próximos dias. Para Roberto de Souza, os depoimentos de Jorge e de Aline Cury, são imprescindíveis à investigação do escândalo.

Além da CEI do Poder Legislativo, o possível crime também está sendo apurado pela Prefeitura Municipal por meio de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD), pelo Ministério Público (MP) e pela Polícia Civil, por intermédio da Seccional, em Mogi das Cruzes. Já o Ministério da Saúde fez uma auditoria no local após a descoberta da suposta fraude, em 10 de março. Além disso, o Conselho Regional de Medicina do Estado de São de Paulo (CRM-SP) sinalizou que iria averiguar a conduta de médicos implicados.