Claudio Ramos apresenta moção de repúdio a demissão de 5 mil funcionários do BB

Por discordar frontalmente do plano de reestruturação administrativa do Banco do Brasil (BB) que poderá resultar na demissão de cinco mil funcionários, o vereador Claudio Ramos Moreira (PT) preparou uma moção de repúdio à direção da instituição fundada há mais de 200 anos. O documento contrário ao processo de mudanças no BB foi lido, na sessão ordinária,  na segunda-feira, dia 1º.

Para o petista (foto), na realidade, a reforma administrativa em curso no BB prevê o fechamento de 361 unidades, aliás, essa etapa está prevista para ocorrer até o dia 15 de março deste ano, sendo 112 agências, sete escritórios regionais e 242 Postos de Atendimentos (PA), o que causa a dispensa dos cinco mil funcionários. Com a medida, o BB estima alcançar uma economia de R$353 milhões, em 2021 e de R$2,7 bilhões, no ano que vem. “Esse desmonte do banco faz parte da política neoliberal atual”, diz Claudio Ramos.

Em compensação, a instituição bancária quer concluir todo o processo de reestruturação administrativa ainda no primeiro semestre vigente. A direção do BB justifica que a nova etapa visa dar mais eficiência e, ao mesmo tempo, adequar a empresa ao novo perfil do cliente financeiro, ou seja, ser mais digital e oferecer atendimento personalizado. O BB está presente em 4.883 municípios brasileiros, de um total de 5.570 cidades.

No caso de Ferraz de Vasconcelos, o BB possui duas agências na região central, porém, pela mudança em andamento a que fica  na Avenida Brasil, 1.604, será fechada (foto) , permanecendo aberta somente a da Rua Getúlio Vargas, 58 (foto-abaixo). De modo geral, o sindicato dos bancários em todo o país critica essa decisão que está sendo adotada pela direção da unidade. Afinal de contas, cinco mil funcionários vão ficar desempregados.

                                               Pressão

Por sua vez, caso passe pelo crivo dos vereadores, cópia da moção de repúdio será enviada ao presidente da instituição, André Guilherme Brandão, a todas as câmaras municipais paulistas, à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal. Além disso, o documento também será encaminhado à presidência da República. A meta será pressionar a direção do banco a revogar o processo de reestruturação administrativa.

Por Pedro Ferreira, em 26/02/2021.