A Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Câmara Municipal de Ferraz de Vasconcelos que investiga o escândalo (foto) no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) vai ouvir o depoimento da servidora do Departamento de Recursos Humanos (DRH) da Prefeitura da cidade, Ariane de Oliveira, na próxima segunda-feira, dia 27, às 9h. Antes de entrar em gozo da licença prêmio, ela cuidava da ficha de frequência de funcionários, em geral.
Na realidade, Ariane de Oliveira deveria ter prestado esclarecimento na condição de testemunha à comissão, no último dia 08 do corrente, no entanto, a servidora não compareceu para depor. Em função disso, o presidente da CEI do Samu, vereador Roberto Antunes de Souza (PMDB) decidiu consultar o Poder Judiciário para obrigá-la a dá informação. Em resposta, a Justiça afirmou que a comissão tem poder legal para conduzir a testemunha de forma coercitiva.
Mas, usando de bom senso, Roberto de Souza optou por mandar notificar a funcionária e, com isso, Ariane de Oliveira deverá comparecer à Câmara Municipal sem, contudo, precisar de aparato policial. Em compensação, o presidente vai tentar trazer para depor o ex-coordenador do órgão, Jorge Luiz Cury e a sua filha, a médica Aline Monteiro. A dupla foi notificada três vezes, todavia, ignorou as solicitações da CEI do Samu. Com isso, a condução coercitiva dos dois ex-servidores parece um instrumento inevitável.
Por estar havia mais de dois meses em funcionamento, aliás, a comissão completa três meses no dia 12 de junho próximo, isto é, o seu prazo limite, (foto) Roberto de Souza já admite que irá pedir a prorrogação dos trabalhos. Na prática, segundo ele, o grupo de vereadores que compõe a comissão necessita concentrar-se na análise de documentos e dos depoimentos já colhidos para, finalmente, elaborar o seu relatório conclusivo. “Trata-se de uma apuração de um fato já consumado, porém, o mesmo exige toda a cautela possível da nossa parte”, finaliza Roberto de Souza.