Depois de quase seis meses de espera, finalmente, a Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Câmara Municipal de Ferraz de Vasconcelos criada para apurar supostas irregularidades na marcação do ponto eletrônico por médicos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) recebeu os relatórios das quebras de sigilo telefônico e bancário do ex-coordenador, Jorge Luiz Cury e o da médica Thauane Nunes Ferreira, na terça-feira, dia 05. Por isso, os membros da comissão reuniram-se na manhã desta quarta-feira (foto) para dá início a análise dos dados.
De acordo com o presidente da CEI do Samu, vereador Roberto Antunes de Souza (PMDB), tratam-se de informações importantes, que, seguramente, vão servir para comprar, de fato, as possíveis ilegalidades praticadas por médicos e por eventuais servidores implicados do órgão. “Agora, com os cruzamentos dos dados vamos poder verificar, por exemplo, as origens das transações bancárias e das ligações telefônicas de pessoas que ainda não tínhamos conhecimento do seu envolvimento no escândalo que repercutiu no País inteiro e até mesmo no restante do planeta”, avalia Roberto de Souza.
Para ele, o mais fundamental de todo o processo de investigação será encontrar a verdade dos fatos, o que a CEI do Samu está próxima de alcançar êxito. Devido à complexidade da apuração dos sigilos bancários e telefônicos, os integrantes da comissão já admitem inclusive pedir a prorrogação pela quarta vez do período de funcionamento iniciado, em 12 de março deste ano. Aliás, o atual prazo termina no dia 29 do corrente. “Na realidade, nós não estamos preocupados com o tempo de vigência da comissão e, sim, em provarmos a culpa dos profissionais implicados no suposto esquema contra o erário público local e depois recomendarmos as providências cabíveis”, destaca Roberto de Souza.
Além disso, com as informações contidas nos sigilos, sobretudo, no bancário de Jorge Cury e Thauane Nunes, a CEI do Samu deverá convocar novos depoimentos e, ao mesmo tempo, chamar, novamente, para prestar esclarecimentos médicos e demais funcionários do órgão. ”Na prática, surgiram fatos até então desconhecidos da comissão que precisam ser confrontados”, aponta Roberto de Souza. Além dele, também participou da reunião, o relator Antonio Carlos Alves Correia (PSD), o Tonho, e os membros Marcos Antonio Castello (Solidariedade), Walter Marsal Rosa (PROS), o Valtinho do Ipanema, Ana Acilda Alves da Silva (PV), a Ana do PV e a procuradora jurídica, Thaise Pizolito de Moraes. O restante do grupo Luiz Tenório de Melo (PR) e Claudio Ramos Moreira (PT), não compareceu por motivo superior.
