Câmara Municipal questiona incerteza sobre o shopping

Vereador Tonho (PSD) pede de novo informação sobre o shopping centerA novela referente á construção ou não de um shopping center na antiga área do Complexo Poliesportivo Gothard Kaesemodel Junior, na Vila Romanópolis, em Ferraz de Vasconcelos, ganhou mais um capítulo na sessão ordinária, na segunda-feira, dia 24. Na ocasião, a Câmara Municipal aprovou um requerimento à administração da cidade para que a Casa seja informada por qual motivo ainda não liberou o terreno a empresa Matec Engenharia, de São Paulo. O pedido partiu do vereador (foto) Antonio Carlos Alves Correia (PSD), o Tonho.

Na tribuna, o parlamentar disse que as tratativas iniciais para viabilizar a edificação do centro de compras no município começaram a partir de 2008 sendo, portanto, na ex-gestão, no entanto, nem a antiga administração, assim como, a atual conseguiu regularizar o imóvel medindo mais de 32 mil metros quadrados concedidos a Matec Engenharia no final de 2011. Com isso, no início do ano seguinte, a dona do comodato por 99 anos teria um prazo de quatro meses para dá o pontapé nas obras avaliadas em R$90 milhões.

Na época, com mais de 20 anos de atuação no mercado, a empresa pagou a título de contrapartida a quantia de R$7,5 milhões, sendo cinco parcelas ao governo anterior e duas ao atual. Mesmo assim, passados todos esses anos, a Prefeitura da cidade ainda não entregou a escritura definitiva da área e muito menos dá uma explicação plausível para a demora em repassar a documentação exigida. “Dizem por aí que o terreno está legalizado e porque então não oficializa a doação a Matec Engenharia?”, questiona Tonho. Por isso, os vereadores querem uma definição sobre o caso.

Para o vereador Luiz Fábio Alves da Silva (PSDB), o Fabinho, a construção do shopping center é um projeto enganoso desde o seu começo e, finalmente, agora a municipalidade unificou as oito matrículas e obteve a sua regularização perante ao cartório de registro de imóveis, em Poá. O colega Willians Santos (PSB), o Willlians do Gás mantém a versão de Fabinho acrescentando que a crise econômica nacional estaria dificultando o investimento, já que, a Matec Engenharia perdeu parceiros. Ele avalia que o empreendimento comercial poderia criar 800 empregos diretos e, com isso, incrementar a economia local. “Neste momento, devemos apoiar sim a empresa”, diz.

                                                                                         Chapéu

O companheiro de partido, Edson Elias Khouri, o Edson Cury, discorda, frontalmente, dessa posição. Em sua opinião, o Executivo deu uma rasteira na Matec Engenharia. A petista Maria Simplício Nascimento afirmou que a não instalação do centro de compras, na realidade, prejudicou a comunidade. O também petista Claudio Ramos Moreira preferiu dizer que a atual administração está sem rumo e, ao mesmo tempo, não existe aquela história de bom mocinho nessa negociação. Em todo caso, o fato é que a maioria dos 17 vereadores apoia a construção do shopping center no município, mas, a decisão final cabe ao Executivo e a Matec Engenharia.

Por Pedro Ferreira.