Com 30 anos de via pública, sendo 24 deles no exercício da vereança, um recordista, (foto) Juracy Ferreira da Silva (PMDB) participou de sua última sessão ordinária do mandato, na quinta-feira, dia 15. Em seu discurso de despedida na tribuna, Juracy agradeceu o apoio de sua competente assessoria, dos colegas e de servidores da Câmara Municipal de Ferraz de Vasconcelos. Em tom humorado, o peemedebista disse que está saindo da carreira pública com a consciência do dever cumprido.
Aliás, ele faz questão de afirmar que sente orgulho de ser um agente político, apesar de enfrentar o desalento, ou seja, o descontentamento do povo contra a classe política em geral. Segundo ele, o país vive um momento agitado, justamente, por causa da turbulência política, mas o vereador acredita na superação desta fase. Ainda, de acordo Juracy, a crise serve para que as pessoas aperfeiçoem o seu modo de vida e, ao mesmo tempo, tirem lições positivas para encarar o cotidiano.
Morador no Parque Dourado, casado havia 37 anos, pais de dois filhos e avô coruja de três netos, aos 59 anos, corintiano, Juracy relembrou a sua infância sofrida quando ficou órfão de pai e mãe aos seis anos de idade, indo morar com irmãos num orfanato administrado por padres, em Guararapes, no interior paulista. “Na realidade, sou um homem feliz e vitorioso. Afinal, tive um início de vida difícil, porém, nunca perdi a esperança em dias melhores. Hoje, graças a Deus me considero um vencedor”, garante.
Político nato, Juracy admite não ter feito muito mais em três décadas de vida pública. Em sua brilhante trajetória política ele foi peça fundamental como, por exemplo, na conquista da estação ferroviária Antonio Gianetti Neto, no Parque São Francisco. A obra inaugurada na segunda metade dos anos 90 beneficia até hoje milhares de usuários. Por sua vez, Juracy presidiu o Legislativo de 2001 a 2002 e de 2009 a 2010, foi chefe de gabinete e de subprefeito de Guaianases, de 2005 a 2008 e ocupou as pastas da Saúde (duas vezes) e de governo na atual gestão. Ele faz suspense sobre o futuro político.
Por Pedro Ferreira.