Aparecido Marabraz propõe base fixa da GCM na Santo Antônio

Hoje, o estado de abandono de ações voltadas à promoção da segurança pública em Ferraz de Vasconcelos é deplorável, porém, mesmo diante da inoperância da municipalidade para enfrentar, de fato, o problema da criminalidade na cidade, não custa nada em sonhar com um cenário mais otimista em um curto espaço de tempo. Enfim, foi pensando nessa mudança de postura futura que o vereador José Aparecido Nascimento (PT), o Aparecido Marabraz (foto) pede a descentralização da Guarda Civil Municipal (GCM). Ele gostaria de ver um posto  fixo da corporação, na Vila Santo Antônio.

 A reivindicação do petista aconteceu durante audiência pública para discutir o caos na segurança pública local, na terça-feira, dia 20, na Câmara Municipal, no centro. No fundo, Aparecido Marabraz aventa a possibilidade de a corporação voltar a ter bases fixas em bairros da periferia da cidade como já aconteceu no período da administração do então prefeito, Jorge Abissamra (PSB), o Dr. Jorge, de 2005 a 2012 quando a GCM esteve presente de maneia permanente na Vila Santa Margarida e, no momento, onde funciona o Cemitério do Cambiri.

Por isso, naquela época, a presença de agentes municipais em pontos diferentes da cidade oferecia, no mínimo, uma sensação de segurança a comunidade. No auge, vitaminado por investimentos maciços do governo do presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), aliado a ousadia do Dr. Jorge, a corporação chegou a possuir 13 viaturas e um efetivo de 120 guardas municipais. Na atualidade, com o desmonte da segurança pública no município, os agentes têm apenas duas viaturas para trabalhar no patrulhamento, de uma frota total de oito carros e de uma moto.

Por outro lado, o número de guardas municipais não reflete a real necessidade da tropa. Para agravar o quadro, em 2013, 21 homens foram cedidos para atuar como bombeiros civis. Hoje, por falta de condições de trabalho, os agentes ficam a maior parte do tempo de mãos atadas na sede da instituição na Rua Japão, no centro. Na prática, eles imploram para voltar a fazer o policiamento ostensivo como força auxiliar das Polícias Militar e Civil. Em contrapartida, a violência só cresce na cidade, principalmente, na porta de escolas.  “Na verdade, a nossa segurança pública vive um retrocesso”, lamenta Aparecido Marabraz.

Presente na audiência pública, o secretário de Governo, Haroldo Camargo não alimentou nenhuma esperança ao pedido do vereador petista. Na realidade, o representante do governo municipal limitou-se a dizer que a municipalidade reconhece a carência na segurança pública, contudo, dentro do possível esforça-se para fazer a sua parte. O secretário alega a falta de dinheiro para bancar medidas direcionadas ao tema na cidade. Mesmo assim, ele prometeu apressar o processo de manutenção da frota da GCM e estudar alternativas para efetuar a renovação da mesma, a compra de um novo fardamento e o retorno do centro de monitoramento por câmeras.

Por Pedro Ferreira, em 22/06/2017.