A Comissão de Saúde (CS), da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) aprovou requerimento propondo a criação de uma subcomissão parlamentar para visitar o Hospital Regional Dr. Osíris Florindo Coelho, na Vila Corrêa, em Ferraz de Vasconcelos, em breve. A votação do documento do deputado e membro efetivo da CS, Gerson Bittencourt (PT) ocorreu, na terça-feira, dia 06. A decisão foi incentivada pelo movimento em defesa da unidade liderado pelo vereador (foto-dir) Claudio Ramos Moreira (PT), que esteve na Alesp, em 1º de abril passado.
Na ocasião, o grupo formado por sindicatos, entre eles, o Sindicato dos Trabalhadores em Saúde no Estado de São Paulo (SindSaúde), regional Alto Tietê, igrejas católicas e protestantes, associações amigos de bairros e lideranças sociais protocolou um abaixo-assinado contendo mais de 20 mil adesões cobrando providências imediatas em relação ao fechamento da maternidade, a falta de médicos especialistas e falhas no atendimento na triagem e no Pronto-Socorro (PS). Com isso, a população local e regional está sofrendo muito com a situação caótica encontrada no Hospital Regional.
Com a aprovação do requerimento, a presidente da CS, deputada estadual, Telma de Souza (PT) está com a incumbência de nomear os integrantes da subcomissão parlamentar que deverão, pessoalmente, vistoriar o Hospital Regional. O número de membros do futuro grupo de representação externa da Alesp ainda não está definido. Para Claudio Ramos, a vinda de deputados estaduais até a unidade hospitalar vai representar uma vitória para os usuários em geral. Além de levar o caso até a CS, da Alesp, o movimento também acionou o Ministério Público (MP), que, prometeu apurar a crise que afeta o Hospital Regional.
Em compensação, o governo estadual continua esforçando-se para dá uma resposta ao que vem acontecendo na unidade. Na mais recente ofensiva, a Secretaria Estadual da Saúde afirma que pretende reabrir a ala neonatal até final deste mês. Além disso, a pasta garante que a quantidade de partos mensais passará de 80 para 220 até o fim do primeiro semestre. O espaço fechado em janeiro do corrente conta, no momento, com 95% de suas obras de reforma concluídos. Para atender o futuro crescimento da demanda, no tocante, aos partos a Secretaria planeja contratar uma equipe médica. Com o fechamento da maternidade, mães são obrigadas a buscar atendimento, em Guaianases.
Por Pedro Ferreira.